Teatro de Encantarias: Bajara Teatro de Encantarias

De cá pra lá e de lá pra cá... “cá estamos no meio do caminho, havendo...” na continuidade das andanças interdependente e vivendo o refluxo das veredas paulistanas após o intenso ciclo tapajônico.

depois da intervenção no Festival Internacional de Dança Contemporânea dentro da oficina “Posiciona-se, Reposicionar-se” nos moveu não só as percepções engessadas, mas um punhado de ar e terra dentro dos estímulos do corpo, sob a silenciosa orientação de Michele Moura- França/Coletivo Couve Flor de Curitiba.

Das trocas feitas e nós desfeitos a coluna está sendo acesa no Núcleo de Formação e Pesquisa Taanteatro- NUTAAN 2011/12 conhecendo de pertinho o trabalho de Wolfgang Pannek e Maura Baioochi.

“... a onda que leva e volta ao redor, engole, recua e transborda rocha, fogo...o mar devolve o corpo que não quer desmanchar...”

E do sentir ao quase nada a dizer durante o processo,reencontros com artistas de encantarias Thabata Ottoni, Heloísa Vieira, Kelly Guimarães, Cleber Cajun, Areta Padma e Helder Gama Catraca que fazem dessa investigação profunda uma Estética do Oprimido ao cavar com o corpo o caminho das pedras, no despertar imemoriável da dança/teatro que nasce da mesma fonte que fazem os cabelos ou as plantas crescerem. Um movimento artístico involuntário com o poder de gerar e recriar espaços internos, onde é manifestado o ambiente em sua plena expressão de vida.

As condições sociais em que nasceram as danças tradicionais milenares são de fato, um indicador determinante para a existência de um corpo coletivo que ressoa o mundo e atravessa gerações. A Bajara Teatro de Encantarias nasce desse proposito por meio de contextos e valores sociais que nos redirecionem ao planeta em seu ciclo vital nos permitindo dançar a lua cheia, permear rochas e asfalto, girar rodas para motivar as plantas, celebrar a dor de cada mudança, a passos em que somos marcados pelas estações e na memória coletiva

Bajara Teatro de Encantarias, das margens para as margens!